quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Aqui há gato


Esta é a Pish Pish. Não sei como se escreve o seu nome porque nunca alguém teve de o escrever. Então tenho de escrever como me soa. É um apelido melódico e com jeito de piropo. Parece que estamos antes a chamar alguém na rua: "Pish, Pish. Chega aqui". É adequado, tendo em conta que a Pish (só um, para abreviar) passa mais tempo fora que dentro de casa, pelo menos durante o dia. De noite é preciso ter cuidado para não tropeçarmos nela ou para não termos um ataque cardíaco quando acendemos as luzes. Ela pode estar em qualquer lado.

Exemplo: cá está ela, em cima do frigorífico.


Já sentia falta de ter um animal de estimação, mas em Portugal não dá jeito. Aqui não só tenho uma gata, como tenho também um cão. É assim um jackpot. Os animais são úteis, especialmente se forem predadores. Graças a eles não tenho visto por aqui muitas osgas e outros insectos indesejados.

É uma relação mais especial do que ter um animal para o trancar um dia inteiro num apartamento. Eles protegem-nos, nós fornecemos tecto e comida. A Pish Pish é especialmente adepta de linguado. Tem direito a peixe comprado especialmente para ela, mas pouco come. Mia sem razão aparente quando passa por nós ou quando estamos a conversar. Inicialmente pensa-se que está com fome, mas não come. Se lhe damos atenção vai-se embora. Não se percebe o que quer. Cá para mim a gata é autista.

Vanessa

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