quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Ponto de saturação

Vi o filme Liga da Justiça (Justice League no original) e como sempre senti-me vagamente insultada. Tem sido recorrente sair do cinema assim, com a sensação de que o filme foi razoável e teria ficado feliz a fazer qualquer outra coisa. A praga dos filmes razoáveis é para mim como um insulto pessoal. Estamos numa fase em que há tanta potencialidade tecnológica que deveriam existir mais filmes espectaculares. A questão é que a par dos efeitos especiais está o enredo, e o enredo muitas vezes ou é negligenciado a favor do estilo ou o estilo é tão grandioso que afoga o enredo. No caso da Liga da Justiça foi um pouco de ambos.

Além disso estou saturada de filmes com super-heróis. Quase todos, até os da Marvel, sofrem de falta de maus da fita. Afinal de contas, um filme é tão bom quanto o seu vilão. Só que de vez em quando há um filme da Marvel que rompe com a tradição e mostra algo mais como o Logan ou o mais recente Thor. Depois uma pessoa fica mal habituada, vai ver filmes razoáveis ou medíocres, e sai do cinema a sentir que perdeu tempo.

Não ajuda que as produtoras reciclem conteúdo (reboots) e recriem personagens, repesquem estórias antigas para as continuar ou para as explicar com sequelas ou para expandir com séries, ou simplesmente copiem o que já foi feito mas agora com efeitos especiais e actores da moda. Onde pára o conteúdo original? 

Suspeito que a continuarmos assim, vou dar um grande avanço na minha lista de livros para ler.

Vanessa

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